Design de Serviços
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A.dot, uma nova chance
BlaBlu
Grupo de Apoio à Adoção Consciente e Tribunal de Justiça do Paraná
Curitiba PR
2018
No Brasil, o número de pretendentes à adoção é quase 5 vezes maior que o número de crianças e adolescentes morando em instituições de acolhimento. O problema é que apenas 9% dessas famílias buscam por crianças com mais de 7 anos. Mesmo com todo o esforço para tirar essas crianças da invisibilidade, existem muitos fatores que dificultam a jornada de encontro entre pretendentes e instituições de abrigo. A enorme burocracia e a falta de vontade do poder público são apenas algumas delas. Mas sem dúvida, a maior dificuldade é a própria definição do perfil da criança adotada pelo pretendente à adoção. Crianças com até 3 anos, brancas, sem irmãos, sem doenças pré-existentes ou deficiências são a busca de quase a totalidade dos pretendentes. Desta forma, as crianças e principalmente os adolescentes que estão fora deste perfil simplesmente não "aparecem" para os pretendentes. Grupos de apoio à adoção tardia trabalham no sentido de quebrar esta lógica, mas a atividade depende de esforço voluntário e não possuem escala, ou seja, são o que podemos chamar de "trabalho de formiguinha".